Traditional Grip X Matched Grip

Já estavam criando teia de aranha esse blog, afinal já fazia um tempo que eu não escrevia nada aqui. Talvez por falta de inspiração. Mas me lembrei de um assunto importante: a forma correta de pegar a baqueta. Existem duas maneiras: a Pegada Tradicional (Traditional Grip) e a Pegada Moderna (Matched Grip). A primeira sempre esteve muito ligada aos bateristas do Jazz. A segunda sempre teve ligação com os bateristas do Rock (resumi nesses dois estilos pra não estendermos muito o assunto). Porquê das duas pegadas? Qual pegada eu devo usar? Sonoramente com a Traditional Grip você vai tirar um som com mais finesse do seu instrumento. Com a Matched Grip, você vai conseguir um som com mais pegada e volume. Isso foi o que ouvimos a vida inteira. Se você é roqueiro, você tem que tocar com Matched Grip. Se você toca Jazz o correto é tocar com a Traditional Grip. Quem disse isso? São coisas que nos ensinaram. Mas vieram uns caras como Virgil Donati, Thomaz Lang, por exemplo, pra quebrar os tabus, dar uma chacoalhada nos velhos conceitos. O Virgil usa a Traditional Grip e toca pesado. Já vi o David Garibaldi tocando Jazz com a Matched Grip. Ou seja, não existe regras, desde que você respeite o mais importante de tudo que é a Música!

Vinnie Colaiuta no Brasil !

Apenas gostaria de compartilhar com vocês de pela primeira vez ver Vinnie ao vivo ! Uau !
Emocionante ! Assistir ao vivo alguem que você é fã não tem preço !
22/08/2013 foi um dia que marcou a minha vida ! Você pode achar que eu estou viajando ou outra coisa qualquer, mas estar de frente com um mito é inacreditável...
Estar sentado na platéia superior, não impediu de eu poder sentir a mágica que é ver e ouvir esse cara.
Assistindo o show do Herbie Hancock passou um filme na minha cabeça...posso estar sendo tiete demais, mas realmente eu estava de frente com o cara que tocou com Frank Zappa. Que tocou e ainda toca com Sting ! Sou fanático !
Realmente sentir sua musicalidade de perto é uma inspiração sem tamanho. Um combustível pra continuar seguindo essa missão que é ser baterista !
Na platéia muitos bateristas...muitos tecladistas, baixistas, guitarristas, apreciadores da música.
Deu pra sentir a energia que a platéia passava um pro outro.
Vou me ater em apenas falar do momento, porque, a técnica do Vinnie todo mundo ja sabe. É chover no molhado.
Um dia pra guardar e levar pra vida toda !

Tendência !

Antes

 

Depois

 

Tendência. Eu explicaria o significa dessa palavra como "moda"; por falta de uma definição melhor no momento. O que eu gostaria de dizer é que temos tendências em vários setores da nossa sociedade. Por exemplo, no mundo da moda; nos anos 70 a onda era usar calças com boca de sino.  Atualmente a onda é usar calças com bocas bem estreitas. Em se tratando de bateria, nos anos 80 era muito usado kits com tons de profundidades grandes, há quem diga: tons compridos. Hoje em dia se usa bastante tons rasos. Sabe o que isso quer dizer? Nada ! Falando sério, isso faz diferença no resultado sonoro final sim. Por exemplo, nos tons longos nos traz sonoridade com bastante profundidade, a nota soa mais longa; simplesmente pelo fato de que a distância entre a pele batedeira e a pele resposta seria obviamente maior. Quando você ataca com a baqueta a pele superior, o som vai ter mais espaço à percorrer dentro do tambor, resultando assim um som mais longo. No caso dos tambores rasos já seria o contrário; como a distância entre uma pele e outra é menor, o som vai "morrer" rápido, digamos assim; sendo assim você terá um som com mais ataque.
Sem entrar no mérito do tipo de pele. Daí já seria um outro assunto. Porque daí poderíamos falar das famosas peles hidráulicas, que tem sua espessura mais grossa, deixando assim o tambor com um som mais "gordo"; contrastando com as não menos famosas peles porosas, que dão ao tambor uma sonoridade mais "aberta". E por aí vai. Nas fotos você pode fazer uma análise nos kits do grande Simon Phillips. O kit antigo e o mais atual dele. Resumindo é tudo uma questão de gosto. O fato dele ter mudado a configuração dos seus tambores não vai mudar nada na sua incrível musicalidade.  O fato é que você tem que tirar o som que existe dentro de você. E isso independe do tamanho do tambor ou do tipo de pele !

Antes

Depois

 

Paramore

Vocês já devem saber que em 2010 os irmãos Josh e Zac Farro pularam fora da banda e decidiram tocar seus outros projetos. Mas não resta dúvidas de que a obra de Zac Farro no comando das baquetas nos 3 primeiros álbuns da banda é irrepreensível, dado à sua excelente performance e talento. Mas quero aqui dar um destaque para Ilan Rubin, que no novo CD da banda intitulado "Paramore", conseguiu segurar a batata assando em suas mãos deixada pelo Zac Farro e manteve o alto nível. Esse jovem baterista que já tem em seu curriculum bandas como:  Lostprophets, Nine Inch Nails, Angels & Airwave, executou um excelente trabalho e ainda vai dar muito o que falar. Nesse link abaixo, você pode conferir o setup que ele usou para a gravação das faixas do novo álbum do Paramore.

http://www.musicradar.com/news/drums/ilan-rubins-paramore-drum-setup-in-pictures-579911#!1 

Ringo Starr

Ringo Starr é uma figura conhecida no meio dos bateristas e também é uma figura popular no mundo todo. Dado à sua contribuição baterística no mundo da música.
Há quem diga que  sua performance como baterista é simples. Mas Ringo é reverenciado e respeitado pelos maiores bateras do mundo !
Apesar de muito dizerem que suas execuções na bateria são simples, muita gente tem dificuldade de entender algumas coisas que ele faz (fazia). Na verdade o que acontece é que Ringo é canhoto ! Sim, canhoto. Então ele fazia suas viradas começando com a mão esquerda. O que faz com a sonoridade mude um pouco. Se você pensar como canhoto fica um pouco mais fácil ficar parecido com ele, suas execuções.
Existe uma lenda de que Paul gravou algumas baterias dos Beatles. Em uma entrevista ele nega isso.
Lendas e mitos à parte, o fato é que Ringo fez história no mundo da bateria!
Beatles foram precursores de vários estilos. Inclusive o Rock Progressivo  tem o dedo deles. Ouça All You Need Is Love. Rola um 7 .
Bom...devemos respeitar Ringo...afinal o que acontece hoje no mundo da bateria do Rock e afins, tem uma grande contribuição da parte dele.
Abraços e até a próxima !

Chad Smith

Pra quem é fã de Red Hot Chili Peppers e mais especificamente do grooveiro Chad Smith, segue uma entrevista que ele deu pra Modern Drummer em Outubro/2011 !

http://redhotchilipeppers-br.blogspot.com.br/2011/09/entrevista-do-chad-smith-para-modern.html

John Bonham

Unanimidade entre os bateras, John Bonham é considerado um revolucionário da bateria do Rock ! Com fama de barulhento no começo de carreira, ele foi um cara que fez história no mundo da bateria e tem hoje uma legião de seguidores e imitadores do seu jeito de tocar. Além de vários adjetivos sobre ele que eu poderia destacar aqui, uma das características marcantes é a sua pegada, sua explosão ! Não acho que ele era marreteiro, ele tirava o som da bateria ! Uma coisa não tem nada à ver com a outra. E o fazia com pegada e precisão. O fato dele tocar com volume às vezes incomodava algumas pessoas. Tanto é que uma vez George Harrison disse pra ele: "Da próxima vez que eu estiver demolindo uma parede no meu quintal, vou ligar pra você." Ele era um músico extraordinário e criativo. E realmente tinha força. Penso que o que contribuiu com toda essa pegada, volume e força que ele tinha, foi o fato dele na adolescência ter trabalhado em construções com o pai dele. Você alguma vez já pegou numa enxada e bateu uma masseira ou concreto? Realmente esse trabalho exige muito das suas mãos e braços. O que consequentemente acaba preparando suas mãos para uma boa execução nesse instrumento. Portanto, se você pretente tocar com muita força e pegada, sugiro que você faça um estágio de pedreiro com seu vizinho que trabalha em construção civil.
Brincadeiras à parte, a realidade é que John Bonham fez história. E até hoje muitos de nós ficamos de cabelo em pé tentando entender determinadas passagens nas músicas do Led Zeppelin. Inclusive, até hoje estou querendo saber como ele tirava aquele som de caixa que só ele conseguia tirar. Um dia eu descubro. Viva o Rock'n Roll !